Ética e
postura na Dança de Salão
Estes dias
lendo sobre a dança, fiquei muito admirada com o comentário de um colega
profissional da Dança, justamente sobre postura.
Mesmo com a
evolução e mudanças constantes neste meio, criação de novos passos, estilos,
ritmos novos. Em minha opinião acho que coisas que são tradicionais devem ser
conservadas.
Em todas as
aulas que freqüentei, todos os professores que tive, sendo eles mais velhos ou
mais novos, sempre a postura se manteve, o que devemos ensinar ao aluno, são os
passos, ritmo, técnica e o bom comportamento dentro desta tão nobre forma de
expressão corporal.
Ao ler que durante
as aulas sempre diz aos cavalheiros que não devem ter medo de chegar próximo da
dama durante a dança, ( claro que estava escrito com palavras bem mais diretas), para que este contato entre os
corpos mostre a sensualidade dizendo não
ser a sexualidade, existe uma contradição, pois, dois corpos unidos em demasia,
com certeza mostrarão a sexualidade e
vulgaridade dentro do ritmo.
Para cada
ritmo existe um posicionamento específico, uma distância limite para que se
possa desenvolver os movimentos. O contato corporal existirá na dança enquanto
os passos estão sendo desenvolvidos, porém não devemos desrespeitar o espaço de
nosso parceiro, existem ritmos que exigem uma proximidade maior para a beleza
natural dos movimentos aparecer. Durante a dança o lado sensual certamente irá
fluir pela desenvoltura da dama em seus gestos, expressões e movimentos durante
a condução do cavalheiro, onde a dama parece flutuar pela leveza que traz. Não
há a necessidade de corpos colados para que isso aconteça.
Uma bela
dança é aquela que quando assistida desperta a vontade de dançar em quem a
observa.
Ai sim,
estaremos respeitando os princípios da Dança de Salão.
Lembrando
também que para a Dama é totalmente desagradável dançar com um cavalheiro que não
conheça, tomando-a por inteiro sem respeitar os limites e a postura de cada
ritmo, por conseqüência a própria Dama.
Devemos
conservar estes limites e fazer da Dança um momento agradável para todos, os
dançarinos e os que assistem, sem deixar que a vulgaridade transpareça.
Afinal não
queremos transformar um baile de Dança de Salão em um simples baile Funk.
É a
magia que deve permanecer com as
tradições e se adaptando as modificações que já aparecem e as que estão por
vir.
Fabiola Brant
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