domingo, 23 de junho de 2013

Ética e Postura na dança de Salão por Fabíola Brant

Ética e postura na Dança de Salão

Estes dias lendo sobre a dança, fiquei muito admirada com o comentário de um colega profissional da Dança, justamente sobre postura.

Mesmo com a evolução e mudanças constantes neste meio, criação de novos passos, estilos, ritmos novos. Em minha opinião acho que coisas que são tradicionais devem ser conservadas.

Em todas as aulas que freqüentei, todos os professores que tive, sendo eles mais velhos ou mais novos, sempre a postura se manteve, o que devemos ensinar ao aluno, são os passos, ritmo, técnica e o bom comportamento dentro desta tão nobre forma de expressão corporal.

Ao ler que durante as aulas sempre diz aos cavalheiros que não devem ter medo de chegar próximo da dama durante a dança, ( claro que estava escrito com palavras bem  mais diretas), para que este contato entre os corpos mostre a sensualidade dizendo  não ser a sexualidade, existe uma contradição, pois, dois corpos unidos em demasia, com certeza mostrarão  a sexualidade e vulgaridade dentro do ritmo.

Para cada ritmo existe um posicionamento específico, uma distância limite para que se possa desenvolver os movimentos. O contato corporal existirá na dança enquanto os passos estão sendo desenvolvidos, porém não devemos desrespeitar o espaço de nosso parceiro, existem ritmos que exigem uma proximidade maior para a beleza natural dos movimentos aparecer. Durante a dança o lado sensual certamente irá fluir pela desenvoltura da dama em seus gestos, expressões e movimentos durante a condução do cavalheiro, onde a dama parece flutuar pela leveza que traz. Não há a necessidade de corpos colados para que isso aconteça.

Uma bela dança é aquela que quando assistida desperta a vontade de dançar em quem a observa.

Ai sim, estaremos respeitando os princípios da Dança de Salão.

Lembrando também que para a Dama é totalmente desagradável dançar com um cavalheiro que não conheça, tomando-a por inteiro sem respeitar os limites e a postura de cada ritmo, por conseqüência a própria Dama.

Devemos conservar estes limites e fazer da Dança um momento agradável para todos, os dançarinos e os que assistem, sem deixar que a vulgaridade transpareça.

Afinal não queremos transformar um baile de Dança de Salão em um simples baile Funk.


É a magia  que deve permanecer com as tradições e se adaptando as modificações que já aparecem e as que estão por vir.


Fabiola Brant

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